quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

Limongi Netto:"Collor na rinha presidencial"

Paladinos de meia pataca arrancaram Fernando Collor da Presidência da República. Nunca provaram nenhum ato de corrupção contra ele. Só conversa fiada e rancor de perdedores. Nessa linha, é saudável, justo e democrático que Collor, mais amadurecido, vigoroso e conhecedor profundo dos graves problemas que afligem a população, decida novamente disputar a chefia da nação. Trazendo de volta a chama da esperança e do otimismo para os brasileiros. Homens de bem, trabalhadores e verdadeiros patriotas não temem Collor. Só os outros. 

Nas eleições de 89 Collor, também filiado em partido pequeno, começou com 3% de intenções de votos. Com alta rejeição, mas venceu a disputa com Lula. Collor lançou-se candidato em apenas 10 dias. Lambari é pescado, o jogo é jogado. O apressado come cru. Collor é o mais preparado de todos os candidatos na rinha. Fato que será demonstrado nos debates.


Patrulheira Cantanhêde

Começou cedo o muro das lamentações e desapontamentos dos eternos ressentidos e magoados, diante da anunciada decisão de Fernando Collor em disputar, novamente a Presidência da República. O esperneio é livre. Só não pode ser burro, covarde, mentiroso e estúpido. Nessa linha, surge altaneira, de tacape em punho e fantasiada de dona da verdade, a colunista Eliane Cantanhêde. A veterana jornalista não admite que Collor volte a demonstrar desejo de entrar na rinha presidencial. Com lentes desfocadas e equivocadas, afirma que o "Brasil derrubou Collor". Nada mais torpe. Collor foi apeado do cargo por causa de covarde orquestração política de adversários que derrotara nas urnas. Os ingênuos "caras pintadas" induzidos pela cerveja de graça e a possibilidade de "matar" aula, foram as ruas gritar palavras de ordem, cujos significados a maioria desconhecia. Apenas foram massa de manobra dos paladinos de meia pataca. No curto tempo que exerceu a chefia da Nação, Collor tirou o Brasil das amarras do atraso. Caiu porque não dobrou a espinha para os apetites doentios de maus brasileiros, que não queriam que o Brasil crescesse aos olhos do mundo. Não foi cassado por corrupção. Tanto que a seguir foi inocentado pelo STF de todas as levianas acusações de seus detratores. A nervosa Cantanhêde chama de "piada de mau gosto" a anunciada decisão do senador Fernando Collor disputar a Presidência da República. Piada de mau gosto e patetice, a meu ver, é debochar da opinião alheia, travestida de inventora do monopólio da verdade.

Collor, da tribuna do Senado: "Minha pré-candidatura é retomada de uma missão"

Em seu discurso, presidenciável relembrou conquistas à população e defendeu que extremismo se afaste de vez da política brasileira


Por Jonathas Maresia | Portal Gazetaweb.com

Em discurso, o senador Fernando Collor de Mello (PTC/AL) apresentou as diretrizes de sua pré-candidatura à Presidência da República. O parlamentar defendeu, da tribuna do Senado Federal, nesta terça-feira (6), que é chegado o momento de o extremismo se afastar de vez da política brasileira, fazendo renascer na população o sentimento de esperança e de otimismo em torno de um Brasil melhor. Ele declarou também que a sua pré-candidatura é a retomada de uma missão pelo país. 

Na oportunidade, o senador assegurou estar disposto a alavancar novamente o país, mediante um novo acordo com a sociedade. "Isso só será possível com planejamento e com sólido programa social que seja tecnicamente recomendável, politicamente viável e socialmente aceito", destacou.

No início do pronunciamento, Collor revisitou a história do seu governo e rememorou alguns dos feitos positivos de seu curto mandato presidencial, a exemplo da abertura econômica do país e da consolidação do lastro financeiro que possibilitou a implantação do Plano Real pelo seu vice-presidente, Itamar Franco, e o então ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso. O senador enfatizou, ainda, a medida que garantiu uma nova realidade para os aposentados do campo. "Determinei o pagamento mensal de um salário-mínimo aos aposentados do antigo FUNRURAL (Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural)".

Collor também relembrou que foi responsável por planejar e realizar a Rio 92, bem como extinguiu a figura do cheque ao portador, instituindo ainda o uso do cartão de crédito no exterior, além de pôr fim às famosas "carroças". Coube ao então chefe do Poder Executivo, ainda, assinar o Tratado de Assunção que criou o Mercosul, secundando o trabalho iniciado pelo presidente José Sarney.

Leia a matéria na íntegra, clicando aqui

Confira, na íntegra, o discurso do senador Fernando Collor de Mello, clicando aqui.

Collor anuncia pré-candidatura à Presidência da República

Por Larissa Bastos | Portal Gazetaweb.com


Anúncio foi feito durante entrevista à Rádio Gazeta de Arapiraca; candidatura acontece pelo PTC

O senador Fernando Collor de Mello anunciou, em entrevista à Rádio Gazeta de Arapiraca nesta sexta-feira (19), sua pré-candidatura à Presidência da República pelo PTC, do qual ele faz parte. Segundo Collor, o assunto será tratado na convenção do partido, antigo PRN, pelo qual se lançou candidato em 1989.

Durante a conversa com o radialista Isve Cavalcante, o ex-presidente ressaltou que coloca o nome à disposição do PTC, já que, na avaliação dele, há um vácuo entre os possíveis concorrentes ao Palácio do Planalto, com extrema-esquerda de um lado, representada por Lula, e extrema-direita do outro, com Jair Bolsonaro.

Fernando Collor também destacou que o anúncio na cidade de Arapiraca tem um significado especial devido à estima pela cidade, para qual ele já destinou vários recursos federais. "Hoje fiz questão de anunciar aqui em Arapiraca, por ser cidade muito querida, que quero bem", afirmou.

Ele apontou ainda que deve seguir com o programa de governo já conhecido pela população. "Tenho uma vantagem em relação a alguns candidatos porque já presidi o País. Meu partido todos conhecem, sabem o modo como eu penso e ajo para atingir os objetivos que a população deseja para a melhoria de sua qualidade de vida".

Na entrevista, o senador lembrou os momentos difíceis pelos quais passa o Brasil. Ele lembrou a importância da realização de reformas, principalmente a política, que deve diminuir o número de partidos no País. A grande quantidade, na opinião de Collor, dificulta a governabilidade.

"Alguns avanços vêm sendo atingidos, mas muitas outras reformas precisam ser executadas, sobretudo a política, para que possamos ter um conjunto de partidos que representem as faces ideológicas de uma sociedade. Não podemos conviver com 38 partidos, dos quais 27 com representação no Congresso Nacional. Isso traz uma possibilidade de ingovernabilidade muito grande", expôs.

Paulo Kramer: “As chances de Collor”


1) Ele pode virar o candidato do mercado e das reformas, o 'nome do Centro' que os políticos e a mídia têm tido tanta dificuldade para identificar.

2) Já tem 3% de recall e ainda pode conquistar 'pré-eleitores' de Alckmin, que enfrenta problemas para crescer em razão de sua tibieza (ambiguidade em relação à agenda de reformas), e de Bolsonaro, que ainda precisa persuadir o mercado de seus compromissos reformistas.

3) Diferentemente de presidenciáveis noviços como Bolsonaro e Huck, Collor não precisa prometer a ninguém que será um presidente reformista; já provou isso nos dois anos durante os quais governou o Brasil;

4) Por falar em Bolsonaro, cujo 'teto' de intenções de voto está prestes a se revelar nas próximas pesquisas do Poder 360 e do Instituto Paraná, uma fatia dos eleitores hoje adeptos do ex-militar, composta por jovens com diploma universitário e inclinações econômicas liberais, vai ver em Collor uma nova alternativa, menos 'arriscada' até.

5) Até mesmo a magnitude dos obstáculos de natureza ética à nova candidatura presidencial do senador alagoano tende a ser relativizada em função de três pontos: (a) parcela significativa do eleitorado ainda não tinha chegado sequer à adolescência na época dos polêmicos e tumultuosos acontecimentos que culminaram no seu impeachment; (b) lembranças mais desprimorosas da presidência Collor simplesmente empalidecem, quase chegando a desaparecer em contraste com os gigantescos e recentes escândalos praticados durante o reinado lulodilmista, ou mesmo com os também recentes casos surgidos em São Paulo sob o governo Alckmin, a exemplo do rodoanel, entre outros; (c) Collor foi criminalmente absolvido por instâncias judiciais colegiadas, o que lhe permite ostentar a credencial de candidato ficha-limpa.

6) Por último, mas não em último, com a provável saída de Lula da corrida presidencial, Collor estará bem posicionado para disputar o rótulo de candidato do Nordeste com Ciro, com a vantagem de projetar um perfil mais 'presidencial' que o do iracundo ex-governador cearense.

Enfim, a pré-candidatura presidencial do senador Fernando Collor de Mello representa um 'fato novo' cujo alcance merece ainda ser cuidadosamente aquilatado.

Paulo Kramer é cientista político.