sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Vicente Limongi Netto

Ano que vem é a mesma coisa

Não adianta. É chover no molhado. Mas não custa tentar. Ano que vem começa tudo de novo. Abro meus braços, estendo minhas mãos, exortando esperança e saúde para todos. Até mesmo para os que furam filas, não respeitam idosos e não sabem dizer obrigado ou pedir por favor. Também quero que Deus ilumine os maus motoristas e pedestres imprudentes e apressados que não sabem atravessar a faixa corretamente. Na mesma linha dirijo minhas preces aos irresponsáveis que deixam o carro atrás de outros veículos e somem no mundo. Igualmente desejo sucesso no ano novo para os que desrespeitam vagas para deficientes físicos. Não posso deixar de desejar saúde e paz para os que "dirigem" comendo, fumando ou falando no celular. Por fim desejo felicidades aos que passeiam com cachorros sem carregar sacos de plásticos para recolher a porcariada deixada no caminho. O mesmo parque, jardim ou areia onde seus netos e filhos poderão brincar.

O pior reitor e rei do lero-lero

O senador rei do lero-lero, campeão da conversa fiada, foi, na verdade, o pior reitor na história da hoje combalida, desmoralizada e humilhada UnB. O sábio de meia pataca é exemplo marcante de como o eleitor também vota errado.

Empresas incompetentes e grevistas covardes

Concordo integralmente com o vigoroso comentário de Claudio Humberto na Band: as empresas aéreas são ineficazes e incompetentes, os servidores grevistas são covardes e traiçoeiros e as autoridades oficiais omissas, relapsas e sem autoridade para coibir que o passageiro, que o cidadão brasileiro continue sendo humilhado quando precisa viajar. Um escárnio que cada vez mais desmoraliza o segmento da aviação comercial brasileira. Francamente, basta! Presidenta Dilma, fique atenta e esperta!

O Exame da OAB é inútil

O famigerado exame da OAB é infame, desnecessário e inútil. Próspero filão para arrecadar fortunas para a entidade. Conheço dezenas de bons advogados, alguns realmente brilhantes, que não fizeram o constrangedor exame. Na mesma linha existem outros que defendem traficantes, assassinos e pedófilos que também não se submeteram ao cretino exame. Nem tão pouco são severamente punidos pela Ordem. Então, qual é o real critério para se exigir somente agora o cretino exame?

Presidente da OAB passaria no Exame?

O impoluto presidente nacional da OAB, que não pode ver um holofote na frente, afirma com ar de pseudo sábio, ser favorável a exames periódicos também para jornalistas, médicos e engenheiros. E ele próprio, também se submeteria ao indecoroso exame da OAB?

A ABI e suas torpes revistinhas

A ABI mandou para os sócios uma revistinha arrogante e pretensiosa chamada ESPM, onde deitam falação colossais gênios de meia pataca. Mestres de araque de jornalismo. Um deles, um poço de boçalidade, com o endosso de outro asno, dizem que assessor de imprensa não é jornalista. Estupidez e falta de respeito aos profissionais do setor. Botam uma banca fenomenal. É um grupelho de pseudos sabidões. Pobres diabos. Rasguei a revistinha e joguei no lixo.

Blog do Limongi

Collor priorizou no Orçamento ações nas áreas de saúde e infraestrutura

Paula Carvalho

As emendas ao Orçamento Geral da União para 2011 apresentadas pelo senador Fernando Collor (PTB) priorizaram investimentos em saúde, infraestrutura, agricultura e turismo. Dos 13 milhões em emendas individuais a que cada parlamentar tem disponível no orçamento, Collor direcionou grande parte para os ministérios da Saúde, Cidades e Integração Nacional, responsáveis por projetos nas áreas de saneamento básico e urbanização; Turismo, voltadas para programas de investimentos em infraestrutura turística; e Agricultura, para a construção de cisternas e aquisição de máquinas agrícolas.

Clique aqui para conferir o áudio sobre o assunto...

Collor consegue junto ao Governo Federal recursos para beneficiar projetos em AL

Além dessa verba o senador conseguiu ainda cerca de R$ 5 milhões para reforma de Igrejas

O senador Fernando Collor (PTB-AL) conseguiu, durante o ano de 2010, a liberação de R$ 58.540 milhões do orçamento federal destinados a dezenas de prefeituras do estado de Alagoas. Foram recursos extra-orçamentários pleiteados pelo parlamentar junto aos ministérios para as áreas da saúde, educação, infraestrutura, agricultura, turismo e cultura. Além dessa verba o senador conseguiu ainda cerca de R$ 5 milhões para reforma da Catedral de Nossa Senhora do Rosário, em Penedo, Igreja Nossa Senhora Mãe dos Homens, em Coqueiro Seco, dos Martírios e a Catedral, em Maceió, além da reforma do prédio do Arcebispado. Ao longo dos últimos quatro anos o senador Fernando Collor conseguiu a liberação de recursos na ordem de R$ 117.658 milhões para Alagoas por meio de emendas e recursos extra-orçamentários, procurando ajudar especialmente projetos e programas que gerem emprego, renda e educação para a população de Alagoas.O senador Fernando Collor espera conseguir ainda mais recursos para o Estado pelos próximos quatro anos com o governo da presidente Dilma Roussef, com quem mantém boas relações.

Apoteótica despedida de Lula

O presidente Lula agradeceu ao povo carioca e prometeu seguir lutando pelo Brasil, na segunda-feira, no show “Obrigado, Presidente”, organizado em sua homenagem pelo governador Sérgio Cabral e que contou com a presença de Zeca Pagodinho e Martinho da Vila. “Um abraço e até... Até outro dia! Se Deus quiser! Não pensem que eu vou desistir não. Eu vou estar por aí”, disse Lula à multidão que lotou o Sambódromo para a homenagem da população do Rio de Janeiro ao presidente que mais investiu no Estado e que resgatou a autoestima dos cariocas. Debaixo de muitas palmas e frente à agitação de lenços brancos, o cantor Zeca Pagodinho anunciou o presidente Lula. “Finalmente faço um show pro povão”, disse, agradecendo o carinho das milhares de pessoas presentes no Sambódromo. Zeca convidou o presidente Lula, que entrou no palco acompanhado do governador Sérgio Cabral e do prefeito do Rio, Eduardo Paes. Ao ver o presidente de paletó, o cantor brincou: “Presidente, lá em Xerém o senhor vê se não vai de paletó”, disse Zeca, que convidou Lula para cantar samba e tomar uma cerveja, “que ninguém é de ferro”. Lula e o público acompanharam por um telão depoimentos de moradores agradecendo o apoio do presidente ao Rio de Janeiro. Lula emocionado acompanhou tudo do canto do palco. Raissa do Morro da Providência desejou um feliz Natal e um próspero ano novo. Já a professora Lenita, do Borel, emocionou-se ao agradecer por todos os benefícios trazidos ao país. “Sou professora há quase 30 anos. Muitas vezes tive que socorrer crianças que passavam mal de fome. Você ajudou a erradicar a fome nesse país”, disse ela. O segundo vídeo elogiou os feitos do governo federal no Estado e as parcerias entre as duas esferas. Sérgio Cabral não deixou de expressar o seu profundo agradecimento a Lula. “Eu aqui falo em nome do meu vice-governador, dos 92 prefeitos, dos 46 deputados federais e dos 70 estaduais, que tiveram o presidente da República mais amigo da história do Rio. A gente te ama, presidente”. Logo em seguida o cantor Martinho da Vila entrou no palco cantando o refrão do samba da Imperatriz Leopoldinense: “Liberdade, liberdade, abre as asas sobre nós e que a voz da igualdade seja sempre a nossa voz”. Durante o discurso, Lula brincou com o público. E, além de se convidar para o carnaval em 2011, ele pediu para que o governador o levasse à praia de Copacabana. “Eu venho ao Rio Janeiro desde 1975 (...) Nunca teve uma pessoa que falasse o seguinte: o Lula, vamos fazer alguma coisa na areia da praia de Copacabana, descalço? Agora, me convide sem ser presidente para que eu coloque uma sunga bonita e tome um banho na praia de Copacabana. Vocês não sabem a vontade que eu tenho de sentar em uma barraquinha daquela e pedir uma caipirinha, uma cerveja, sem medo da imprensa”. Lula agradeceu ao Rio “pelo carinho, pelo respeito e pela grandeza que vocês tiveram no comportamento com o governo federal”. O presidente afirmou que os brasileiros “jogaram fora o complexo de vira-lata” e resolveram ser cidadãos com direito a sediar uma olimpíada. Segundo Lula, o Rio conquistou o direito de sediar os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016 por causa do profissionalismo e da união dos governos federal, estadual e municipal. Ele concluiu o discurso prometendo seguir na luta e aproveitou para criticar os governos anteriores que abandonaram o Rio e não souberam buscar a união com o governo federal em benefício da cidade. “Nós sabemos o tipo de prefeito que a gente tinha aqui. Que nunca foi ao aeroporto me receber, embora nós nunca tivéssemos negado um centavo. Não dá mais para esse país conviver com a mediocridade política, daqueles que pensam no seu próprio umbigo e não nas pessoas mais humildes desse país”, afirmou Lula.

Jornal do Povo

Veja também entrevista do presidente Lula no programa É Notícia, da RedeTV!, por Kennedy Alencar. Foi ao ar neste domingo (19). A entrevista foi feita durante a visita presidencial aos estados do Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Norte, para visitar um trecho da Ferrovia Transnordestina e obras no Rio São Francisco.






quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Collor fez balanço do biênio 2009-2010 à frente da Comissão de Infra-estrutura

O senador Fernando Collor (PTB-AL) disse nesta quinta-feira (16) que no biênio 2009-2010, quando presidiu a Comissão de Serviços de Infra-Estrutura (CI), procurou aumentar sua abrangência e transformá-la num fórum de debates em busca de informações, propostas e soluções para a infra-estrutura brasileira. Ao todo, Collor contabilizou 93 reuniões, totalizando uma média superior a uma reunião por semana. Desse total, o senador explicou que 35 reuniões foram deliberativas, com apreciação de 201 matérias; 23 foram audiências públicas, sendo 12 reuniões conjuntas com outras comissões; 28 reuniões foram destinadas aos painéis de debates; e as demais sete reuniões foram espaço dos grupos de trabalho. Entre as projetos aprovados pela CI, Collor destacou os que tratam de temas como a operação de eclusas; alterações das diretrizes nacionais para o saneamento básico; a produção de biocombustíveis com critérios sócio-ambientais; instituição do Regime Especial de Tributação para o Incentivo ao Desenvolvimento e a Produção de Fontes Alternativas de Energia Elétrica; estímulo à produção e consumo de energia limpa; estruturação do Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência; instituição da Política Nacional de Abastecimento de Alimentos; uso do óleo vegetal como combustível; e alterações no Código Brasileiro de Aeronáutica para beneficiar pessoas com deficiências e dificuldades.
- Nos últimos dois anos, a CI promoveu também 23 audiências sobre temas específicos dos segmentos ligados à infra-estrutura. Dessa forma, foram discutidas as demandas e as principais questões sobre, por exemplo, os modais de transportes, a matriz energética e o setor de saneamento, sempre com o viés da preocupação ambiental como pano de fundo. Esses encontros contaram com a participação de 77 convidados, entre ministros de estado e presidentes de empresas estatais e agências reguladoras - acrescentou.
Collor ainda destacou a contribuição do senador Eliseu Resende (DEM-MG), como relator do substitutivo ao projeto de lei que institui o novo Sistema Nacional de Viação, bem como do deputado Mauro Lopes, último relator na Câmara, do então presidente e do vice-presidente da Câmara, deputados Michel Temer (PMDB-SP) e Marco Maia (PT-RS), além do líder do governo, deputado Cândido Vaccarezza e demais líderes partidários que decidiram pelo consenso da matéria. O senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) disse, em aparte, que gostaria de ver Collor presidindo novamente a CI na próxima legislatura, pois "esse trabalho com a sua experiência, com a sua visão de estadista, foi muito produtivo numa área que é estratégica para o nosso país".

Da Redação / Agência Senado

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Saúde e boa sorte para Dilma

Cumprimentar a presidenta eleita, Dilma Rouseff, pelo aniversário, amanhã, não é puxasaquismo. É patriotismo e educação. Dilma não precisará apenas de sorte e saúde para governar o Brasil com sucesso. Terá que contar com auxiliares isentos, dedicados e eficientes. Que conheçam os problemas que afligem a população. Que Dilma afaste os inevitáveis aspones. Não dê missões importantes para eles. Só atrapalham toda administração que se preze. Dilma encontrará problemas diários. Muitos parecerão sem solução. Mas a presidenta terá que encarar os desafios, enfrentar os obstáculos. O povo merece dias melhores. Confia nas ações de Dilma.A enorme banda boa da classe política será parceira fundamental para que Dilma acerte bastante em beneficio da coletividade.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Lula chama Sarney de “irmão de alma”

Sarney, Renan, Lula, Eunício e Michel durante jantar.
Foto: Ricardo Stuckert

Durante o jantar que selou a nomeação dos cinco ministros do PMDB no futuro governo de Dilma Rousseff, o presidente Lula deu as explicações que alguns buscavam sobre o grande poder de influência do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), nesta composição. Em um discurso de improviso, Lula rendeu suas homenagens a Sarney, a quem se referiu como seu “grande amigo e conselheiro” e “irmão de alma”, que nunca lhe faltou nos momentos mais difíceis de seus oito anos de mandato.
- Tenho muita honra de ser seu amigo. Nunca ninguém vai conseguir nos intrigar. Pude contar com sua lealdade e seus conselhos nos momentos mais difíceis de meu governo. Sarney é um companheiro leal, correto. Aliás, Sarney, é mais que um companheiro político, é um irmão de alma nesta árdua missão que Deus nos deu de carregar o Brasil nas costas – disse Lula na mesa principal do jantar oferecido pelo senador eleito Eunício Oliveira (PMDB-CE).
Do Maranhão estiveram presentes ao evento o senador Edison Lobão e os deputados Pedro Novais, Gastão Vieira e Sétimo Waquim.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Collor celebra os 20 anos do Regime Jurídico Único

O senador Fernando Collor (PTB-AL) subiu à tribuna nesta quinta-feira (9) para lembrar que, daqui a dois dias, a Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, completa 20 anos. Promulgada quando ele era presidente da República, essa norma instituiu um regime jurídico para os servidores públicos civis da União, das autarquias federais e das fundações públicas federais.
- Tenho orgulho de acrescentar mais esse diploma normativo ao rol das leis que promulguei durante o exercício da Presidência da República - declarou.
O senador reiterou a importância dessa lei para a gestão pública, mas criticou as alterações posteriores "que suprimiram direitos dos servidores". Ele defendeu a revisão do Regime Jurídico Único (como a lei é conhecida), sugerindo a criação de uma comissão especial de estudos na qual Executivo, Legislativo e Judiciário estejam representados.
Collor recordou que o Regime Jurídico Único surgiu durante o processo de redemocratização do país e que tinha como objetivo unificar as normas legais existentes para a categoria "dos então chamados funcionários públicos". Ele também disse que a lei representou "uma iniciativa para atender à necessária modernização dos serviços públicos, a começar pela valorização de seu quadro de pessoal, numa época em que se inauguravam novos rumos e conceitos de gestão representados pela chamada administração gerencial".
- Mas essa lei sofreu inúmeras mutilações, na maioria das vezes retirando direitos dos servidores - protestou ele, citando "o caso das regras da aposentadoria, da incorporação de quintos ou anuênios e da licença-prêmio por assiduidade".
Além de defender o "resgate" desses direitos (segundo ele, mais de 200 dispositivos do Regime Jurídico Único foram alterados ou suprimidos), Collor propôs que o novo governo - que assume em janeiro - promova a revisão e a atualização da lei. Foi nesse contexto que ele sugeriu a instituição de uma comissão especial de estudos na qual os três poderes estejam representados.

Da Redação / Agência Senado

Leia a íntegra do pronunciamento...

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Após resultado do Pisa, Collor defende investimentos na educação

Para senador, se não houver qualificação, Brasil não conseguirá atender as demandas profissionais que estão por vir com os investimentos do pré-sal

Embora tenha destacado a evolução do País como um todo, o senador Fernando Collor (PTB-AL) lamentou que os estudantes de Alagoas tenham tido o pior desempenho do Pisa em todo o Brasil. Ele pediu mais investimentos em educação e diz que se isso não ocorrer o Brasil não conseguirá atender as demandas profissionais que estão por vir com os investimentos do pré-sal e das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Este ano o senador Fernando Collor promoveu na Comissão de Infraestrutura do Senado um debate sobre a qualificação profissional dos brasileiros. Ouvindo especialistas do governo, da iniciativa privada e do mundo acadêmico, a Comissão discutiu os rumos da educação profissionalizante e apresentou um relatório final contendo sugestões para tentar solucionar o problema da mão-de-obra.
O enfoque dos debates foi a questão dos Recursos Humanos para Inovação e Competitividade: Formação e Capacitação Profissional para a Infraestrutura. Segundo Collor, o relatório traz uma série de informações, dados e propostas sobre um dos principais gargalos da infraestrutura brasileira: a escassez de mão de obra qualificada. Assim, o ciclo de debates teve também como objetivo divulgar aos jovens um quadro sobre os rumos do mundo do trabalho, de modo, segundo Collor, "a permitir que eles possam descortinar um futuro promissor no campo profissional". Collor explica ainda, na apresentação da publicação, que o relatório final mostra toda a metodologia e sistematização utilizada pela CI e pelo grupo de trabalho que consolidou as propostas. O resultado, segundo ele, é uma agenda de prioridades contendo uma pauta de ações que podem ser implantadas pelos três atores envolvidos no problema: o poder público, a iniciativa privada e meio acadêmico.

- Acredito, com isso, que a Comissão de Serviços de Infraestrutura cumpriu uma de suas atribuições, não só ao aprofundar as discussões em torno dos gargalos que o setor precisa superar para a retomada do desenvolvimento do país, especialmente no que tange à questão da carência de mão de obra qualificada, mas também apresentando propostas factíveis àqueles que detêm o poder, a estrutura e o conhecimento para colocá-las em prática através de ações concretas e políticas públicas - afirmou Collor.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Collor fala da necessidade da federalização da AL 101 Norte com ministro dos Transportes


Paulo Sérgio Passos diz que transferência poderá ser feita por Medida Provisória

A Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado Federal realizou, nesta quinta-feira (2/12), audiência pública com o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, para debater sobre a malha rodoviária e ferroviária nacional em função da conferência mundial sobre meio ambiente, Rio +20, a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Na oportunidade, o presidente da CI, senador Fernando Collor (PTB-AL), questionou o ministro sobre a federalização da AL 101 Norte e a PE 060, localizadas na fronteira entre os estados de Alagoas e Pernambuco. Passos respondeu que a federalização das estradas, solicitada pelos governadores dos dois estados com o apoio das bancadas federais, está em fase de análise. Na opinião do Ministro, a forma mais fácil para formalizar a federalização seria por meio de Medida Provisória. Essa discussão será levada ainda este ano ao presidente Lula. O senador Fernando Collor destacou que a federalização das duas estradas será muito importante para os dois estados, tendo em vista a grande demanda de veículos verificado em função do crescimento das atividades econômicas com empreendimentos como o complexo industrial e portuário de Suape, a Refinaria de Abreu e Lima e os estaleiros Atlântico Sul, EAS e Promar. Embora o Governo Federal esteja trabalhando na duplicação da BR 101, o senador Fernando Collor acredita que a federalização da AL 101 será de extrema importância para desafogar o trânsito entre o litoral norte de Alagoas e o litoral Sul de Pernambuco, retirando o fluxo de turistas da rodovia facilitando o transporte de cargas. Para o presidente da CI, a federalização da AL 101 Norte desafogará o trânsito na BR 101 e suas imediações, ajudando a desenvolver destinos turísticos como a cidade de Maragogi, um dos destinos turísticos mais visitados de Alagoas, um dos 65 principais destinos turísticos do país. O senador lembrou ainda os pólos turísticos de Costa dos Corais, no litoral norte de Alagoas e Porto de Galinhas, no litoral sul de Pernambuco, duas das regiões turísticas mais visitadas do Brasil. E por fim, destacou o transporte de cana-de-açúcar derivado das diversas usinas sucroalcooleiras existentes nos dois estados.

Veja também:

Ministro dos Transportes calcula em R$ 420 bi os investimentos até 2035

Collor questiona ministro dos transportes sobre federalização da AL 101 Norte

Collor determina elaboração de projeto para delimitar construção de eclusas no Brasil

A Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) vai preparar um projeto para delimitar com clareza a responsabilidade na construção de eclusas no Brasil. A determinação foi feita nesta quinta-feira (2) pelo presidente do colegiado, senador Fernando Collor (PTB-AL), após ouvir a preocupação de senadores sobre a navegabilidade dos rios nos trechos em que estão sendo construídas usinas.
Eclusa (ou comporta) é uma obra de engenharia hidráulica que permite aos barcos subir e descer os rios ou mares em locais onde há desníveis provocados por barragens, quedas d'água ou corredeiras.
Durante a audiência pública realizada pela CI nesta quinta, Collor também pediu a elaboração de uma proposta que reduz os prazos dados aos órgãos de meio ambiente para realizarem estudos e oferecerem pareceres relativos à liberação de obras.
- Isso para que as obras não fiquem indefinidamente sem conclusão - explicou Collor, após ouvir várias reclamações de parlamentares sobre obras paradas em todo o Brasil.

Hidrovias

Durante a audiência, o senador Alfredo Nascimento (PR-AM) explicou que a malha brasileira de transportes, até alguns anos atrás, era totalmente concentrada nos setores rodoviário e ferroviário e deixava de lado as hidrovias. Afirmou que a condição privilegiada de navegação dos rios e mares brasileiros não deixa dúvidas de que é "preciso concentrar esforços no desenvolvimento do transporte hidroviário".
Na opinião dele, lei específica deveria obrigar a instalação de eclusas em todos os rios navegáveis nos quais estão sendo construídas usinas.
- O Congresso Nacional tem de tomar essa responsabilidade para si. Deixo aqui uma sugestão para que essa comissão elabore um projeto nesse sentido - assinalou Alfredo Nascimento, que já foi ministro dos Transportes.

Eventos

A audiência na CI foi realizada para discutir os preparativos, as expectativas e previsões acerca do atendimento da malha de transporte em função dos grandes eventos que o Brasil sediará em breve: em 2012, a Rio + 20, Conferência da ONU sobre o Meio Ambiente; 2014, a Copa do Mundo; e 2016, os Jogos Olímpicos.
O ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, ao explicar os pesados investimentos que sua pasta tem feito na malha brasileira de transporte, foi bastante elogiado pelos senadores da comissão. João Ribeiro (PR-TO) observou que antes do governo Lula o Ministério dos Transportes era uma vidraça "e hoje é uma vitrine".
Ao fazer questionamentos específicos sobre seus respectivos estados, os senadores Valdir Raupp (PMDB-RO), Leomar Quintanilha (PMDB-TO), Delcídio Amaral (PT-MS), Eduardo Azeredo (PSDB-MG) e Jayme Campos (DEM-MT) também elogiaram a atuação de Paulo Sérgio frente ao Ministério.
Raupp destacou os benefícios das duplicações de rodovias em todo o Brasil.
- A duplicação de rodovias sem dúvida diminui muito a ocorrência de acidentes - observou o parlamentar por Rondônia.
Quintanilha afirmou que tem observado as boas condições das estradas brasileiras, principalmente no Tocantins, e lembrou que as obras que estão sendo feitas para receber os eventos internacionais a partir de 2012 serão deixadas como legado aos brasileiros.
- O Brasil está realmente se preparando para ocupar um lugar de destaque no cenário internacional como uma das grandes nações. Mas sem infraestrutura, isso não seria possível - declarou Quintanilha.
Jayme Campos (DEM-MT) reconheceu que houve avanço no setor brasileiro de transportes nos últimos anos, mas reiterou que o país ainda apresenta uma série de problemas e necessidades.
- Temos ainda muitas estradas precárias no Brasil. Precisamos tomar providências drásticas em relação, por exemplo, ao transporte intermodal [o uso de duas ou mais modalidades de transporte na mesma viagem, como, por exemplo, aéreo e hidroviário] - declarou Jayme Campos.

Valéria Castanho / Agência Senado